Olá, bom dia. Acordei recentemente com a notícia de que o Príncipe das Trevas partiu. Ué, como assim? Alguém que, reza a lenda, até comeu um morcego num show?
Ozzy, você veio a este mundo apenas para nos fazer sorrir, né? Um cara que não tinha escrúpulo nenhum em falar de suas desgraças. Um trabalhador braçal levando uma vida de merda na classe operária de Birmingham, uma cidade cinzenta, fria, sem graça, da sua Inglaterra. Mas você quis algo mais. “Ah, sei lá, vou montar uma banda.” E você criou o Black Sabbath. E daí o resto é história.
Graças a ti, legiões de adolescentes tímidos como eu, nos anos 80/90, tiveram voz. Mas você também... nos deu trabalho, né?
Por que tanta autodestruição, tanto álcool e drogas em escalas industriais? Isso te fez nos deixar mais cedo. Mas o céu, onde você agora está, com os deuses do rock — Elvis, Kurt Cobain, Amy Winehouse, Freddie Mercury, Chuck Berry, Tina Turner, Jerry Lee Lewis, Ray Charles e tantos outros — está mais feliz. Sua simplicidade, seu sorriso, sua capacidade de brincar com suas próprias desgraças deram voz a milhões.
Quem escreve este texto em sua homenagem é só mais um deles: aquele adolescente típico, criado nos anos 80/90, tímido, mas que se virava.
E você era um dos nossos porta-vozes. Por que nos deixar tão cedo? Nos deixar órfãos?
Mas se cuide aí no céu, com Deus, e não invente mais de se autodestruir. Aí no céu deve estar uma festa, com seu sorriso, sua simplicidade. Deus, Alá, Jesus, Buda, Javé etc. devem todos estar juntos, dançando por sua causa, né? Ozzy... para de brincar conosco, menino!
Olha aí quem está te esperando no céu, ao lado de Deus. Só gente boa, menino! Vai na paz. Mas você poderia ter ficado um pouquinho mais com a gente aqui embaixo, né? Você fará falta a milhões, embora o céu e as estrelas estejam brilhando mais por sua causa.
Att.,
Bruno Gonçalves – Agosto de 2025
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